Em conseqüência o dinheiro deveria ter aumentado também, mas não vi a cor dele ainda. Espero que chegue logo.
(Pra quem não sabe Animê é um termo usado pra definir mundialmente os desenhos animados japoneses, cuja qualidade de produção é muito superior do que a americana.
É a história de Yukio Tanaka, apelidado de Koyuki, um jovem de 14 anos no último ano do Ensino Fundamental que até hoje não teve um grande destaque em nada em sua vida. Não tira notas altas e não inspira grandes paixões, além de ser constantemente importunado por colegas no colégio.
Num belo dia, depois de ter apanhado no colégio, volta pra casa sozinho quando encontra um cachorro muito estranho (com a pele cheia de remendos a la Frankenstein) sendo importunado por alguns garotinhos na rua.
Koyuki se identifica na hora com o pobre animal e o defende, colocando os garotos pra correr. Decide levar a cão pra casa, mas seu dono Ryusuke Minami, de 16 anos, aparece e leva o cachorro, não esquecendo de agradecer Yukio por tê-lo defendido.
Koyuki fica com os ouvidos doendo depois do show, mas não pode esconder o deslumbramento pelo som que acabara de escutar. Até aquele momento tudo de música que ele conhecia era uma cantora pop no estilo de Britney Spears. É só depois de ouvir Ryusuke que ele começa a descobrir o bom e velho Rock´n Roll.
Procura ouvir tudo o que é Rock e, por conta disso, faz alguns amigos no colégio. Começa a freqüentar a casa de Ryusuke e ganha de presente dele um violão antigo. É então que Ryusuke lhe conta que sua banda acaba de se separar e ele pretende montar a melhor banda de rock do Japão.
O que me surpreendeu nesse desenho, além da qualidade de animação (que por vezes parece ter sido feita diretamente sobre filmagens de movimentos humanos) e da ótima trilha sonora original, é o andamento natural da trama, que confere um grau de realismo à história. A maior parte do tempo temos a perspectiva de Koyuki sobre tudo e, como um adolescente de 14 anos, o autor faz questão de mostrar vários aspectos cotidianos da vida do garoto e como a descoberta da música muda seu comportamento e sua maneira de encarar a vida pra uma forma bem melhor.
Saitou também fica sendo responsável pela primeira apresentação ao vivo de Koyuki como guitarrista e é dele a letra na primeira composição original de Koyuki.
A maneira evolutiva de como a história é contada é que me fez pensar na naturalidade de tudo aquilo. Coisas assim bem que poderiam acontecer mesmo (se é que não acontecem) na vida real. Já ouvi dizerem que as parcerias saem de onde menos se espera.
Os 26 episódios compreendem dois anos e meio na vida de Koyuki, desde o primeiro encontro com Ryusuke, passando pelas aulas com Saitou, pela formação da banda, pelo reconhecimento no colégio, pelo primeiro beijo (na irmã mais nova de Ryusuke: Maho), pelo primeiro CD independente, pela troca de bateirista, pela evolução do som da banda, pela contratação por uma gravadora pequena, pelo convite pra um grande festival, pelas brigas e, finalmente, por uma turnê pela América.
Coisas até bem previsíveis de se acontecer em histórias desse tipo, mas contadas com uma naturalidade e suavidade que me surpreenderam.
Mas é claro que não foi somente isso que ocupou os 26 episódios. Tem também uma sub-trama de suspense protagonizada por Ryusuke, seu cachorro misterioso e sua guitarra cheia de buracos de bala (que se chama Lucille como a de B.B. King). Isso complica um pouco a vida da banda, mas no final tudo acaba bem.
Além, é claro, das participações relâmpago de diversas personalidades e estrelas do Rock antigas e atuais.
Me lembrou muito meus anseios de adolescência, onde depois de assistir a shows de bandas desconhecidas em porões escuros, pensava: será que eu faria sucesso numa banda?
Além, é claro, das participações relâmpago de diversas personalidades e estrelas do Rock antigas e atuais.
De vez em quando ainda penso nisso. A vida bem que poderia ser assim, né?
Um comentário:
ahhh eu gostei dessa história aew heinn! Kero verr! ;)
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