Personagens carismáticos, bons diálogos, uma grande conspiração, trama cheia de reviravoltas, desenhos num estilo realista médio e cores chapadas (exaltando a aparência antiga) é o que esperar de XIII- O Número da Aventura.
Uma história francesa de espionagem e teorias de conspirações escrita por Jean Van Hamme e desenhada por William Vance com muita ação e aventura típicas de bons filmes da década de 60, 70 e início dos 80.
No início parece muito com A Identidade Bourne (livro de Robert Ludlum e filme com Matt Damon), mas acaba seguindo caminhos bem diferentes.
Um homem ferido a tiros é achado numa praia da costa dos Estados Unidos e resgatado por um casal de idosos. Eles percebem o número XIII (treze em romanos) tatuado na frente do seu ombro esquerdo.
O homem desperta sem saber quem é, e nenhuma memória de como foi parar na praia ou mesmo de sua vida anterior. Logo, logo, homens misteriosos aparecem a sua procura e pertubam a paz dos moradores do local tentando matá-lo.
O homem se descobre dono de várias habilidades e acaba matando seus perseguidores. Acha uma foto sua carimbada, onde aparece abraçado a uma mulher, num bolso de um dos mortos e decide investigar a origem da foto.
Acaba caindo nas mãos de outros homens que parecem conhecê-lo, consegue fugir de dentro de um banco com uma mala de dinheiro numa sequência espetacular, mas é capturado pelo FBI em seguida.
Os federais o interrogam e acabam lhe contando que ele foi o atirador responsável pelo Dia do Sol Negro, o assassinato do presidente dos Estados Unidos, que tinha acontecido dois meses antes.
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É aqui que começa uma grande caçada de gato e rato entre o espião amnésico, agentes do governo e também misteriosos homens liderados pelo cruel Mangusto, que querem eliminar o agente Treze a qualquer custo para impedi-lo de descobrir quem é o número um da conspiração (e de quebra sua própria identidade).
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Fiquei tão empolgado depois de ler o 3o. número que fiz questão de colocar o 1o. na mão de meu pai pra ele ler. Ele não lê quadrinhos há muito tempo, mas já começeu a ler a 3a. edição. (E tá demorando muito pra ler o resto.)
Apesar de parecer antiga, pois começou a ser publicada há 24 anos, a história continua bem atual e ainda não chegou ao seu final.
É claro que o auge e desfecho da conspiração presidencial acontece na já quinta história (terceira edição brasileira), mas o autor consegue inserir a cada história novos fatos e dúvidas sobre a real identidade do agente Treze, o que dá um novo gás a série, já que o amnésico continua a investigar seu passado.
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Isso foi o grande diferencial responsável pela longevidade e sucesso da série nesses anos todos.
E apesar de 24 anos parecer muito tempo pra nós, vale lembrar que a série começou numa publicação semanal, onde uma página por semana era publicada. Apenas depois da quarta história (200 semanas ou quatro anos) começou a sair em álbuns separados. E na Europa, apesar dos autores trabalharem em vários projetos diferentes, a estabilidade do mercado permite que publiquem um álbum de cada projeto por ano, podendo assim primarem mais pela qualidade das histórias.
Os álbuns brasileiros foram mensais e compilaram 2 álbuns franceses, ou seja, pra uma série que até agora tem quase 25 anos de vida e 18 álbuns originais tivemos por aqui 9 números publicados desde 2006 e estamos sem novas histórias do agente amnésico desde o início de 2007.
Os autores prometem terminar a série em breve. Espero que não demore pra sair o final no Brasil.
O agente Treze até agora já teve 5 identidades comprovadas, mas nenhuma confirmada de verdade. Apesar disso, posso dizer que é um prazer vê-lo investigar cada nova pista e se meter em novas encrencas e aventuras junto com o paternal general Carrington e a sexy major Jones.
O sucesso da série foi tanto na Europa que já gerou inúmeras adaptações pra outras mídias, inclusive um jogo bem legal de Playstation 2 e uns dois filmes pra TV com Stephen Dorff (como Treze) e Val Kilmer (como o Magusto) que devem sair em breve.
Um dos melhores lançamentos dessa safra de europeus da editora PANINI.Valeu!
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