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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Dica de Livro: Artemis Fowl

Artemis Fowl é o Menino Prodígio do Crime numa série de cinco livros publicados atualmente e com mais um pronto pra ser lançado.

Acredito que tenha sido uma espécie de resposta do autor Eoin Colfer ao sucesso de Harry Potter.

Só que Artemis não é um aprendiz de mago e (pelo menos no primeiro livro) quase nada bonzinho.
Herdeiro de uma rica família de trapaceiros e criminosos, ele é obrigado a assumir a cabeça da família depois que seu pai desaparece misteriosamente tentando fazer um negócio legítimo e sua mãe fica depressiva.

Dono de uma inteligência incomum pra alguém de sua idade, Artemis (de apenas 12 anos) bola esquemas mirabolantes, até que se depara com algo que só existia em suas fantasias de infância: as fadas existem!

No primeiro livro, montando um estrategema sórdido e acompanhado de seu mordomo-guarda-costas-matador Butler, ele bola um plano pra sequestrar uma fada e fazê-la entregar toda sua magia e o lendário ouro das fadas.

O problema é que o mundo das fadas não é mais tão mágico e inocente como mostram os livros infantis. É o que ele descobre ao sequestrar a elfa Holly Short, capitã da LEPrecon, a polícia do mundo das fadas.

Caberá ao povo das fadas (moradores do subterrâneo), auxiliados pelo centauro-engenheiro Potrus e pelo anão-ladrão Palha Escavator enfrentarem Artemis e libertarem a capitã Holly.

Mas o garoto-da-lama (como o povo das fadas chamam as pessoas da superfície) não vai ser tão fácil de enganar quanto eles esperam. E isso é só o primeiro livro!

Com uma narrativa bastante dinâmica, cinematográfica e cheia de reviravoltas, o autor conseguiu me prender o suficiente pra ler os primeiro quatro livros quase um depois do outro (e depois de dois anos de espera já me preparo pra ler o quinto). Muito Bom!

Breve resumo dos outros Livros

No segundo livro Artemis Fowl: Uma Aventura no Ártico, Ártemis obtém pistas do paradeiro de seu pai no Círculo Ártico enquanto a LEPrecon encontra bandidos Goblins com armamentos sofisticados demais pra sua própria inteligência. Todas as pistas apontam pra Ártemis, que dessa vez não tem nada a ver com a história. Dessa vez ele será obrigado a ajudar o povo das fadas em troca de ajuda pra resgatar seu pai da Máfia Russa.

No terceiro livro, Ártemis Fowl: O Código Eterno, Ártemis constrói um supercomputador com tecnologia roubada do mundo das fadas e tenta chantagear um empresário americano inescrupuloso chamado John Spiro pedindo uma enorme quantia em ouro em troca de não colocar sua invenção no mercado e abalar a economia mundial. O problema é que algo sai errado, o computador é roubado e Butler fica mortalmente ferido. A capitã Holly Short vai investigar o uso da tecnologia das fadas e acaba obrigada a ajudar Ártemis a recuperar o computador antes que o código eterno que o bloqueia seja desvendado e o povo das fadas acabe exposto ao humanos.
O quarto livro, Ártemis Fowl: A Vingança de Opala, começa com Ártemis sem nenhuma memória do povo das fadas ou de suas aventuras anteriores (isso é explicado no final do terceiro livro). É então que Opala Koboi, a elfa que deu armas aos Goblins no segundo livro, foge da cadeia e arma uma arapuca pra capitã Holly Short. Acusada de traição, Holly terá que fugir pra superfície e procurar o único que pode ajudá-la a provar sua inocência: Ártemis Fowl. Ele terá que recuperar sua memória, ajudar a capitã e impedir os planos de Opala para destruir a cidade das fadas.

Em relação ao quinto livro, Ártemis Fowl: A Colônia Perdida, só posso dizer que lerei brevemente.

Os dois primeiros livros são com certeza os mais eletrizantes. Tanto que ganharam vários prêmios de literatura infanto-juvenil da Inglaterra e fora dela.
Um sexto livro chamado Artemis Fowl: Time Paradox está pra ser lançado lá fora e especula-se que chegue no final do ano ao Brasil.

Um filme sobre o Artemis está sendo preparado há algum tempo em Hollywood, mas o projeto sempre engasga e pára por alguma coisa. Boatos sobre atores, roteiristas e diretores invadem os sites de entretenimento vez ou outra.

Outra coisa interessante são os códigos inseridos pelo autor Eion Colfer nos rodapés das páginas de cada livro. No primeiro livro Artemis só consegue contatar o povo das fadas depois que decifra o dificílimo idioma do povo. Desde então o autor coloca frases cifradas, saudações e brincadeiras em cada livro baseando-se no código explicado por Artemis na primeira história.

Existem muitas comunidades no orkut e milhares de sites de fãs na internet criados pra discutir Artemis e os códigos que o autor Eoin Colfer inventa. Uma bom entretenimento pra quem gosta de desafios: a diversão não termina depois que a história acaba.

Uma adaptação em forma de HQ do primeiro livro da série foi lançada na Bienal do Livro de São Paulo agora em agosto. Eu tratei de garantir a minha. Bem legal pra quem não leu o livro, mas nem tanto para quem leu.

O autor prefere focar na ação e a história perde um pouco de seu charme terminando muito rápido e ficando muito superficial.

Mas não pense que só crianças ou adolescentes podem apreciar as histórias de Artemis. A narrativa fluida de Eoin Colfer tem o frescor das boas histórias: não subestimam a inteligência de seu leitor, ou seja, servem pra todas as idades.
E eu ainda prefiro Artemis ao Harry Pottter.
Valeu!

2 comentários:

Anônimo disse...

Artemis Fowl eh bemmelhor que Harry Potter, diferença eh que não fizeram um filme dele o/

Anônimo disse...

13/07/2009.
ja li os cinco primeiros.
mas o meu favorito mesmo foi o "código eterno".
ficou bem o estilo de espionagem, roubos, máfia e crime.

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