Baseado no livro de Audrey Niffenegger, A Mulher do Viajante No Tempo (do qual já falei aqui), a película, que tem Brad Pitt como um dos produtores executivos, é dirigida pelo alemão Robert Schwentke.
Te Amarei para Sempre (The Time Traveler´s Wife, 2009), é um filme sensível, melancólico, com passagens de fantasia, e muito romântico.
Henry (Eric Bana) viaja no tempo, mas o faz involuntariamente e nunca controla pra onde vai. Clare (Rachel McAdams) é visitada por ele nessas viagens desde os seis anos e quando finalmente o encontra no tempo presente eles engatam um romance e finalmente se casam, mas sua condição de viajante faz com que nem tudo seja as mil maravilhas.
Roteiro bem adaptado do livro original que chama a atenção por “enxugar” boa parte das passagens de Audrey, que é mestra no detalhamento. Incrivelmente ele ainda consegue mostrar boa parte do que acontece no livro nas sutilezas das imagens.
Destaque para os ganchos do fim que remetem a cenas do início, fechando o filme com maestria.
Grande trabalho de adaptação de Bruce Joel Rubin que destoa do livro pelo fato de ser mais otimista e condescendente em algumas situações.
Destaque para os ganchos do fim que remetem a cenas do início, fechando o filme com maestria.
Grande trabalho de adaptação de Bruce Joel Rubin que destoa do livro pelo fato de ser mais otimista e condescendente em algumas situações.
Eric Bana está muito bem como Henry, conseguindo passar todo o sofrimento do personagem na maioria das vezes só pelo olhar. É o grande responsável pela melancolia do filme.
Mas o destaque mesmo fica para a bela Rachel McAdams, extremamente expressiva e verossímil, passando com sucesso o deslumbramento da juventude e sabedoria da maturidade que a personagem vive no filme.
Chama a atenção seus grandes olhos, que o diretor soube usar sem pena.
Acaba se tornando daqueles tipos de mulheres que dá vontade de pegar no colo, fazer carinho e levar pra casa. Paixão imediata.
Chama a atenção seus grandes olhos, que o diretor soube usar sem pena.
Acaba se tornando daqueles tipos de mulheres que dá vontade de pegar no colo, fazer carinho e levar pra casa. Paixão imediata.
Belíssima fotografia e direção de arte que apostaram em cores sóbrias e realistas para o tempo presente em contraste com tons mais vibrantes quando Henry viaja no tempo.
Destaque para a locação escolhida para a casa da família de Clare e o bosque que a rodeia.
Grande trabalho dos maquiadores, cabeleireiros e figurinistas por pontuar bem a passagem dos anos através de roupas e cortes de cabelo, principalmente os de Clare.
Destaque para a locação escolhida para a casa da família de Clare e o bosque que a rodeia.
Grande trabalho dos maquiadores, cabeleireiros e figurinistas por pontuar bem a passagem dos anos através de roupas e cortes de cabelo, principalmente os de Clare.
Trilha sonora original melancólica que tem o piano e violino clássicos como base, cumprindo otimamente bem o seu papel de passar quase despercebida em algumas cenas e emocionar na medida certa em outras.
Direção extremamente competente que usa de pequenos detalhes e movimentos de câmera inventivos e sutis para pontuar passagens importantes.
Três seqüências não me saem da mente.
A primeira é quando Clare acorda na casa de Henry após transarem pela primeira vez. O movimento da câmera que começa em seu rosto e continua rotacionando a visão por cima da cama traduz muitíssimo bem a estranheza e o deslumbramento da personagem.
A segunda é a seqüência que mostra a passagem dos anos na casa do casal. A câmera passeia pelos cômodos da casa, quase que num sentido giratório para mostrar o casal em várias tarefas do dia-a-dia enquanto vai envelhecendo. Tudo isso com cortes escondidos para dar a impressão que foi tudo feito numa mesma filmagem.
A terceira é mais ao fim do filme quando Clare está deitada triste em sua cama. De repente, a “vemos” de cima e um tic-tac de relógio pode ser ouvido ao fundo pontuando o movimento em sentido horário da câmera que registra o fim da cena.
Destaque também para a seqüência final do filme, filmada quase que exatamente como uma das seqüências iniciais, fechando um belo ciclo.
Lindo filme que apesar do título brasileiro água-com-açúcar remete a um romance bem real e que conquista pelo conjunto, te fazendo acreditar que o amor pode sim vencer as barreiras do tempo.
Recomendado!
Valeu!
2 comentários:
O filme é show! Chorei muito. Mas quando você diz "Acaba se tornando daqueles tipos de mulheres que dá vontade de pegar no colo, fazer carinho e levar pra casa." Como seria esse tipo de mulher? rsrsr! Beijinhos e fui!!!!!!!
Ora! Uma mulher linda, compreensiva e que sabe fazer aquela carinha de sapeca quando quer alguma coisa.
Valeu!
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