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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Filme: O Último Mestre do Ar

O novo filme do diretor e roteirista de O Sexto Sentido, Corpo fechado, Sinais, A vila, A Dama na Água e Fim do tempos tinha tudo pra dar certo. Tinha.

Assumindo a tarefa tripla de adaptar, roteirizar e dirigir já posso adiantar que ele errou feio nas duas primeiras, o que comprometeu definitivamente o filme.

O Último Mestre do Ar (The Last Airbender, 2010) é um  filme do diretor indiano M. Night Shyamalan que condensou 20 episódios do premiado desenho da Nickelodeon Avatar: a Lenda de Aang (do qual já falei aqui) em pouco menos de duas horas.

Num mundo dividido em quatro poderosas nações, existem pessoas que nascem com o dom de manipular um dos elementos da natureza (Ar, Água, Terra ou Fogo). Apenas uma pessoa em todo o mundo consegue dominar os quatro elementos, o Avatar.

Ponte de ligação entre o mundo dos homens e o espiritual, ele também é responsável por manter o equilíbrio entre as nações.

Só que há 100 anos ele desapareceu misteriosamente e hoje a nação do fogo empreende uma guerra pra expandir seus territórios e exterminar qualquer outro tipo de dominador que não seja de fogo.

É quando numa devastada tribo da água do Sul, um casal de irmãos, Sokka (Jackson Rathbone) e Katara (Nicola Peltz), descobrem um menino enterrado no gelo chamado Aang (Noah Ringer).
Logo ele é capturado pelo príncipe banido da nação do fogo Zuko (Dev Patel) e seu tio Iroh (Shaun Toub) que confirmam que ele é o dominador de ar destinado a ser o Avatar desaparecido há muito tempo. Caberá a Sokka e Katara salvá-lo e ajudá-lo estabelecer novamente o equilíbrio entre as nações.

PONTOS POSITIVOS:
  • Produção caprichada. Figurinos impecáveis. Linda fotografia. Bela trilha sonora.
  • Ao contrário das maldições jogadas na época da divulgação da escalação do elenco, todos os atores interpretam seus papéis competentemente, no ritmo que o filme está disposto a mostrar. Destaque para Dev Patel como um príncipe Zuko bem convincente em sua obsessão e tormento.
  • Edição perfeita, principalmente nas cenas de luta. Diferente dos filmes de ação mais recentes não há cortes bruscos nos confrontos, ou seja, você consegue visualizar e entender toda a evolução da cena. Por conta disso, é claro, nota dez também para as coreografias das lutas.

PONTOS NEGATIVOS:
  • O roteiro contém muita informação que foi condensada em pouquíssimo tempo (1h e 43min). Toda fala é importante. Se o espectador piscar, perde alguma coisa. Isso poderia ser resolvido facilmente se o diretor incluísse mais cenas de ligação, de passagem ou mesmo alívios cômicos que mostrassem o cotidiano dos personagens entre as revelações cruciais para a trama. Não é o que acontece.
  • Outro ponto negativo é o tom do filme. Muito sério e grave. Quase não há cenas leves e os personagens pouco sorriem. Pode parecer besteira, mas esse ponto é o que mais afasta o filme da série de tv e dificulta bastante a identificação com o público-fã da mesma e provavelmente afastará o público em geral. O próprio personagem-título Aang, que é bastante simpático e sorridente no desenho animado, só sorri praticamente umas três vezes, sendo uma um meio-sorriso de agradecimento e duas em recordações de seu treino.
Ironia do destino é pensar que um filme que tem o personagem-título buscando alcançar o equilíbrio consiga passar bem longe do mesmo. Falha da Nickelodeon por ter dado total controle da película a um diretor que só faz filmes de suspense, os quais costumam se levar a sério demais.


RESUMINDO

Visto que vem de uma série animada de grande sucesso de público e crítica que trabalha, com uma linguagem leve e sutil, temas importantes como amizade, espiritualismo, honra e até mesmo política, O Último Mestre do Ar é um filme que tinha tudo pra dar certo, mas naufraga horrivelmente ao tentar se levar muito a sério e se distanciar demais do desenho animado.

CONCLUSÃO

Melhor assistir o desenho animado.

Valeu!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu gostei muito do filme (embora eu condorde que o desenho é bem melhor), muitos pontos importantes da história foram omitidos fazendo com que aqueles que não viram o desenho 'boiasse' em muitos assuntos.

Quase no fim do livro 1, quando os 3 chegam a tribo da água do norte, Katara se desentende com o mestre em dominação de água (por razões machistas) e embora ter perdido a batalha contra ele, foi reconhecida como guerreira e recebeu o direito de treinar por sua bravura e ousadia. :( Mas isso nem chegou a ser mensionado :(!

No mais, minha opnião é a mesma que a sua: o desenho é melhor!!!!!

Ana Chaves disse...

Eu comecei a ver o filme,mas as explicações e as falas dos personagens me soaram falsas e até cafonas... me decepcionei...adoro o desenho!

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