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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Filme: Toy Story 3

A Pixar Animation conseguiu de novo.
Conseguiu encher salas de cinema de lágrimas e risadas na mesma medida.
Conseguiu também fechar com absoluto sucesso uma trilogia iniciada 15 anos atrás com seu primeiro filme em computação gráfica.

Isso mesmo, um dos melhores filmes de 2010 (até agora) é um desenho animado em computação gráfica.

Vá preparando seu lencinho e seu diafragma. Diversão e emoção garantida é o que esperar de Toy Story 3 (2010) que estreou esse mês nos cinemas do Brasil.

O garoto Andy (John Morris), dono dos brinquedos mais famosos do mundo, está com 17 anos e se prepara pra sair de casa e ir para a faculdade.
Decide guardar seus brinquedos no sótão, mas num engano de sua mãe, os brinquedos são jogados fora e vão parar na creche Sunnyside.
Caberá ao caubói de brinquedo Woody (Tom Hanks),  trazer o astronauta Buzz Lightyear (Tim Allen) e seus amigos de volta.

Como já é de praxe da Pixar, o roteiro aposta numa estrutura geral bastante simples, mas que surpreende na complexidade das situações evocadas em piadas, diálogos e cenas para emocionar. Com direito a interessar vários níveis de maturidade, desde os mais pequenos até os mais velhos.

Tudo muito bem pensado por toda a equipe de produção. Apesar do filme ser creditado com apenas quatro roteiristas: Michael Arndt, John Lasseter, Andrew Stanton e o diretor do filme Lee Unkrich.

Se você não viu ou não lembra dos filmes anteriores não tem problema. A abertura do filme diz tudo que você precisa saber sobre os brinquedos e seu dono, inclusive numa bela seqüência que mostra o crescimento do menino Andy registrado pela lente amadora da câmera de sua própria mãe. 

Bela maneira de apresentar os personagens e um prato cheio para criar identificação logo de cara com todos que tiveram uma infância imaginativa com brinquedos ou mesmo mães que registraram seus filhos crescendo.

A produção mostra um grande domínio da narrativa visual conseguindo com cortes rápidos, mudança de ângulos de câmera e trilha sonora incisiva, fazer a transição do clima infantil do filme para um episódio de terror e, posteriormente, para um drama de cadeia com os brinquedos como presidiários (com direito a cena com gaita e tudo).

Sobram também referências a cultura pop, como, por exemplo, o encontro da Barbie (Jodie Benson) com o Ken (Michael Keaton), além de um questionamento bem sutil sobre a sexualidade do boneco.

Poderia citar muitas sequências engraçadas ou emocionantes, mas não teria espaço nesse resenha para tanto e acabaria por estragar a surpresa pra quem pretende assistir o filme. 

Por causa disso destacarei apenas a engraçadíssima sequência de transformação do Sr. Cabeça de Batata (Don Rickles), onde ele finalmente mostra todo o seu potencial, na metade final da película.

Parte técnica e fotografias admiráveis, investindo em cores vibrantes e um belíssimo jogo de luzes, mostrando o esmero da produção. 

Há quem diga que o filme não evoluiu tecnicamente, mas isso é devido a escolha (muito bem) acertada dos produtores que, mesmo com toda a evolução de tecnologia de 15 anos pra cá, preferiram não mexer no desenho dos personagens mantendo assim um estilo próprio que dá identidade e torna homogênea a imagem dos três filmes.

A evolução da técnica é percebível sim, mas nos detalhes como cenários, luz, figurinos e cabelos, por exemplo. Todos trabalhados com técnicas bem modernas. Algumas desenvolvidas na própria Pixar.

A música composta por Randy Newman, que fez os três filmes, é um detalhe a parte. Com uma trilha instrumental orquestrada quase o tempo todo que acompanha e maximiza ações físicas e emoções dos personagens, lembrando desenhos clássicos da própria Disney e outros, como Tom e Jerry.

Um lindo filme que traz de volta personagens muito queridos e, disfarçado de história infantil, consegue abordar temas complexos como abandono, amadurecimento, amizade e desapego.


Difícil não se emocionar. Frases clichês como “Um filme pra toda a família que encantará crianças de todas as idades”, tem toda a razão de ser nesse filme.

Maldade da Pixar nos provocar tantas emoções em apenas uma hora e meia.

Mais um filme de sucesso para a lista deles que, como andam dizendo por aí, ainda não conseguiram fazer filme ruim. 

Recomendadíssimo!

Valeu!

4 comentários:

Estela disse...

Olá,
Vim te convidar a visitar São João no meu blog "Guardados e Achados".
Bjs.

Alexandre Lessa disse...

Ainda não assisti, mas após sua dica vou ao cinema (antes que saia de cartaz!).

Também tenho um blog de literatura (com textos meus e de amigos), atrevo-me vez ou outra a escrever umas críticas de filmes também!

Sua visita será muito bem-vinda!
Estou seguindo-o!
Abraço! ;)

Lyana disse...

Eu assisti ontem com meu afilhado e me emocionei muito com a mensagem que o filme passa. Vai ser dificil ate mesmo para Pixar, superar Toy Story 3. Recomendadíssimo!!
Beijos ♥

bialps disse...

com certeza um dos MELHORES filmes que eu já assisti. *-*

"Maldade da Pixar nos provocar tantas emoções em apenas uma hora e meia." +1

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