Era uma vez na França ocupada pelos nazistas...

Bastardos Inglórios também é o nome do grupo especial, que na história é formado de soldados judeus do exército americano, cujo único objetivo é matar nazistas.
Shosanna (Mélanie Laurent) é uma jovem judia-francesa que teve toda a família morta pelo coronel nazista Hans Landa (Christoph Waltz) e vive disfarçada como dona de cinema na Paris do ano 1944.
Está apenas tentando ganhar a vida quando recebe a proposta de fazer no seu cinema uma pré-estréia com a presença de todo alto-escalão do exército nazista. Não quer deixar a chance de vingança passar.

Com um roteiro escrito pelo próprio Quentin Tarantino, o filme destila ação inconseqüente, diálogos intelectuais e homenagens a filmes da década de 20 e 30.
Tanto nos absurdos, nada reprováveis, de suas tramas, quanto na verborragia presente em seus roteiros.

Talvez assim pudéssemos definir os filmes de Tarantino, várias seqüências de diálogos que terminam num arroubo de ação onde morre muita gente. Mas é claro que não é só isso.
Ele é um grande mestre em mexer com as emoções do público, não tendo pena em apresentar personagens, colocá-los em situações que despertem a simpatia do espectador para depois acabar com eles sem dó nem piedade.
Por exemplo, a participação inglesa na história foi muito alongada, ficando meio solta no propósito geral do roteiro. Provavelmente o objetivo foi mostrar o personagem de Winston Churchill e destilar o conhecimento do autor sobre cinema alemão. Além da participação especial do comediante Mike Mayers, claro. Tudo, a meu ver, desnecessário para a trama central.

Em menor grau, o destaque é a francesa Mélanie Laurent pela frieza, fragilidade e força de sua Shosanna.
Ao contrário do que transparece, Brad Pitt não tem muito tempo de cena, o que é uma pena, pois seu personagem Aldo, cheio de sotaques e trejeitos lingüísticos, merecia um melhor aprofundamento por parte do roteiro.

A cena em que um filme é projetado na fumaça ao fim de película é simplesmente magnífica.
Grande homenagem de Tarantino a filmes antigos ou um filme sobre o cinema, como diria o crítico Pablo Villaça (@pablovillaca) , editor do site CinemaemCena.
Grande trilha sonora com muitas músicas que remetem a clássicos do faroeste, o que já se tornou marca do autor, inclusive com canções de Ennio Morricone, grande compositor de trilhas para filmes de cowboy.
Apesar de se passar na 2ª. Guerra Mundial, não há preocupação nenhuma do autor em preservar a verdade histórica, a frase que inicia o filme e o final da pélicula deixam isso evidente, mas ele consegue entreter o público como ninguém.
Um bom filme, que não chega a ser o melhor da carreira de Tarantino, mas diverte bastante com seus diálogos tensos, ação abrupta e trilha sonora instigadora.
Recomendado.
Valeu!
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