O que aconteceu ao homem mais rápido do mundo? (Whatever Happened to the World's Fastest Man?, 68 pág, 2010) é uma HQ inglesa independente bastante elogiada pela crítica internacional e publicada recentemente pela Gal Editora aqui no Brasil.
Uma história sobre heroísmo que termina com um grande questionamento sobre ações e suas conseqüências.
Bob Doyle é um rapaz inglês de 20 e poucos anos que tem o poder de parar o tempo. Mesmo não sendo um herói, ele não deixa de ajudar pessoas quando tem oportunidade.
Por causa disso, na mídia criou-se o mito da existência de um misterioso “homem mais rápido do mundo”. Sem interesse em fama ou reconhecimento, Bob continua vivendo sua vida normalmente quando um louco coloca num prédio do centro de Londres uma bomba cuja destruição pode matar milhares de pessoas nas redondezas. É aí que Bob decide salvar a todos, mesmo que para isso tenha que usar seus poderes a exaustão.
Por causa disso, na mídia criou-se o mito da existência de um misterioso “homem mais rápido do mundo”. Sem interesse em fama ou reconhecimento, Bob continua vivendo sua vida normalmente quando um louco coloca num prédio do centro de Londres uma bomba cuja destruição pode matar milhares de pessoas nas redondezas. É aí que Bob decide salvar a todos, mesmo que para isso tenha que usar seus poderes a exaustão.
Fazendo uma comparação com o cinema, Bob é um herói do tipo relutante e inseguro que combina mais com o personagem de Bruce Willis em Corpo Fechado do que com o Homem-Aranha ou Batman, por exemplo.
Apesar da premissa de parar o tempo não ser algo tão novo em histórias em quadrinhos, a trama do criador e roteirista Dave West é muito bem montada contendo vários lances originais e questionamentos bem interessantes que evocam a identificação com o leitor sobre a natureza do heroísmo. Principalmente no final.
Os desenhos e enquadramentos de Marleen Lowe são um bom contraponto ao roteiro, apesar de, na minha opinião, achar que o tom sério da história merecia um estilo menos cartunesco.
Mesmo assim, vale destacar que a solução encontrada pelos autores pra diferenciar o tempo real do tempo de Bob é interessante e bem executada.
Mesmo assim, vale destacar que a solução encontrada pelos autores pra diferenciar o tempo real do tempo de Bob é interessante e bem executada.
O álbum ainda contém um prefácio redigido especialmente para o Brasil pelo autor, uma história curta com um episódio da infância de Bob e um texto do jornalista Maurício Muniz, editor da edição brasileira, sobre sua paixão por HQs e como utilizar o twitter para fazer contatos e novos amigos.
Uma história simples com questionamentos bem complexos que acaba se tornando gostosa de ler ao despertar dúvidas bem humanas e reconhecíveis em seu personagem principal.
Mesmo que você não goste de quadrinhos de super-heróis ou pessoas com poderes, pode vir a apreciar esta história.
Recomendado.
Valeu!
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