Quem me conhece bem sabe que de uns cinco anos pra cá eu me tornei um apreciador de História. Grandes passagens da História pra ser mais exato.
Esse foi o motivo pelo qual,
apesar de ser professor de Matemática, eu ter me interessado em assistir o filme de que falarei a seguir.
Frost / Nixon é um filme de 2008 dirigido por Ron Howard (o mesmo de Uma Mente Brilhante e o Código Da Vinci).
Com o roteiro de Peter Morgan, baseado numa peça escrita por ele mesmo, o filme conta a história da famosa entrevista de Richard Nixon dada ao apresentador inglês David Frost em 1977.
Esse foi o motivo pelo qual,

Frost / Nixon é um filme de 2008 dirigido por Ron Howard (o mesmo de Uma Mente Brilhante e o Código Da Vinci).
Com o roteiro de Peter Morgan, baseado numa peça escrita por ele mesmo, o filme conta a história da famosa entrevista de Richard Nixon dada ao apresentador inglês David Frost em 1977.
Pra quem não sabe Richard M. Nixon foi 37º presidente americano e o único que renunciou a presidência em 1974 após um escândalo de proporções nacionais o tornar ameaçado de impecheament (quase o que aconteceu com Collor aqui).
A entrevista ocorreu alguns anos depois de sua renúncia e o povo americano pôde vê-lo finalmente falar francamente sobre o escândalo Watergate e sua parcela de culpa na história.
A entrevista ocorreu alguns anos depois de sua renúncia e o povo americano pôde vê-lo finalmente falar francamente sobre o escândalo Watergate e sua parcela de culpa na história.
David Frost (Michael Sheen) está na Austrália apresentando um de seus programas semanais enquanto assiste a despedida de Nixon (Frank Lagella) pela televisão. É aí que ele tem a idéia de entrevistá-lo e vemos sua luta e preparação para isso durante toda a primeira metade do filme.
Frost era uma espécie de Gugu Liberato da época e apresentava programas na Inglaterra, Austrália e EUA. Ninguém acreditava que ele seria capaz de indagar e levar Nixon a falar francamente sobre os polêmicos detalhes de seu afastamento e o roteiro gasta boa parte do filme para construir esse descrédito a Frost através de falas e ações de personagens.



O diretor Ron Howard constrói a história competentemente, mas abusa um pouco de recursos visuais como tirar uma mesma imagem de foco e colocar me foco de novo pra mostrar um indício de confusão dos personagens.
Se sai bem simulando lentes de câmera de TV ao mostrar um Nixon com a imagem duplicada em alguns trechos da entrevista, o que faz o espectador duvidar se aquele homem estaria falando a verdade.

Frank Lagella constrói um Nixon perfeito enquanto abusa (no bom sentido) da voz grave e de expressões contidas do presidente para construir subtextos em várias cenas. Por exemplo, quando alguém lhe conta que Frost quase casou com uma negra ele dá um baixo resmungo de surpresa e apenas levanta as sombracelhas, indicando o racismo do povo americano.
Lagella cumpre maravilhosamente a tarefa de tornar humano essa figura lendária da história americana. Tanto que foi indicado ao Oscar pelo papel.
Lagella cumpre maravilhosamente a tarefa de tornar humano essa figura lendária da história americana. Tanto que foi indicado ao Oscar pelo papel.
Michael Sheen faz um Frost um pouco descontraído e afetado demais pelo respeito a lenda do presidente americano, mas consegue cumprir seu papel de contraponto a Nixon conforme a narrativa avança.
Há uma tentativa do roteiro de dar um aspecto documental a história quando em vários momentos do filme somos confrontados com depoimentos de personagens coadjuvantes que tentam explicar (muitas vezes desnecessariamente) os sentimentos dos protagonistas e também o que houve antes e depois da narrativa do filme.
Também é clara a analogia com luta de boxe feita por um dos personagens e mantida pelo ritmo de cenas da narrativa depois de começada a entrevista.
Há uma tentativa do roteiro de dar um aspecto documental a história quando em vários momentos do filme somos confrontados com depoimentos de personagens coadjuvantes que tentam explicar (muitas vezes desnecessariamente) os sentimentos dos protagonistas e também o que houve antes e depois da narrativa do filme.

No geral é um bom filme com uma atuação impecável (alguns diriam sobrenatural) de Frank Lagella, e um grande confronto psicológico sobre um dos mais polêmicos episódios da história americana recente.
Recomendado.
Valeu!
Um comentário:
Olá Duda! Sou da Comunidade do Cinema em Cena. Vi o link pro seu blog e aqui estou. "Frost/Nixon" eu assisti e posso dizer que foi um daqueles filmes que me prenderam a atenção do início ao fim.
NOTA (0 a 5): 4
****
P.S.: adicionei o seu blog no meu: cinestesiabh.blogspot.com
Um abraço e sucesso!
=)
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