A sensação dos quadrinhos independentes norte-americanos dos últimos tempos, Scott Pilgrim é a obra máxima do autor canadense Brian Lee O´Malley.
Misturando estrutura e design de personagens típicos de mangás, discussão de relacionamentos dos quadrinhos indies americanos e combates com referências óbvias a jogos de videogame, a obra vem conquistando fãs de diversas faixas no meio quadrinístico.
Sendo publicado desde 2004 nos EUA, está a venda desde março nas livrarias aqui no Brasil a edição nacional pelo selo Quadrinhos na Cia da editora Companhia das Letras.
Essa primeira edição, Scott Pilgrim Contra o Mundo (368 págs, 2010) reúne duas das edições americanas, que vem sendo publicadas lá fora num ritmo europeu (quase uma por ano) e cujo final o autor promete para esse ano, fazendo um total de seis edições gringas.
Por aqui, com a proximidade da estréia do filme estrelado por Michael Cera (conhecido pelo namorado do filme Juno) nos cinemas, são prometidas apenas três edições.
Scott é um rapaz de 23 anos que não leva a vida muito a sério. Desempregado há um ano, ele divide um apartamento (ou mora de favor) com o amigo gay Wallace e passa seus dias acordando tarde, jogando videogame e ensaiando com sua banda de rock. Atualmente (finge que) namora Knives Chau, uma colegial de 17 anos que (até agora) nunca beijou na boca. É então que conhece a mulher que tem aparecido em seus sonhos.
É a simpática Ramona Flowers e a paixão dele por ela é imediata. O problema é que ela tem uma Liga de Sete Ex-namorados do Mal que vão dificultar a vida de Scott.
O roteiro dialoga muito bem com o público jovem, contendo várias referências a cultura pop em geral. E ainda passa mensagens legais com citações anti-tabagistas e contra o álcool colocadas de maneira despretensiosa e nada didática no meio da trama.
Com bônus de duas músicas cifradas da banda de Scott pra você tocar no violão e uma receita (real) de uma torta vegan pra você tentar cozinhar com seus amigos.
Os combates de Scott com os ex-namorados de Ramona serão o ponto alto do álbum pro público fã de videogame, mas a trama de relacionamentos entre Scott e Ramona, recheada de personagens secundários interessantes, é o que te fará querer acompanhar a história até o final.
Dois deles já começam a ser desenvolvidos neste volume. Uma é a própria Knives, que se encontra exatamente naquela fase de descoberta da música e do amor pela qual todo mundo passa.
A outra é Kim Pines, ex-namorada e atual bateirista da banda de Scott, cujo mau-humor e sinceridade evocam momentos bastante engraçados.
Talvez despretensiosa seja pouco para descrever essa história, que pode ser apreciada por pessoas em várias faixas etárias, apesar dos combates poderem causar estranhamento em quem não está acostumado.
Mas sem dúvida nenhuma é muito divertida (em vários níveis) e merece o sucesso que vem fazendo na mídia.
Mas sem dúvida nenhuma é muito divertida (em vários níveis) e merece o sucesso que vem fazendo na mídia.
Tomara que o filme faça sucesso e incentive ainda mais as editoras a publicarem de trabalhos como esse por aqui.
Recomendado!
Valeu!
Um comentário:
[OFF TOPIC]
Ei! Finalmente chegou o dia! É amanhã, 17!
Estamos esperando você lá na pré-estreia exclusiva para blogueiros do "Olhos Azuis".
Qualquer dúvida, escreva para coevosfilmes@gmail.com até as 15hs de segunda-feira.
Lembre-se de chegar um pouco antes, ok?
Abraço,
Anita.
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